Encontrada em certas áreas das Américas do Sul e Central, próximo a rios e lagos, a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é o maior roedor herbívoro do mundo. Alimenta-se de capins e ervas, comuns em (várzeas e alagados, e pode chegar a pesar até 80 kg .
No Rio Grande do Sul, é também conhecida por capincho ou carpincho.
Detalhe de uma Capivara |
Um grupo de cinco animais adultos acompanhados de quatro filhotes se alimentando de grama no campus Universidade de São Paulo em São Paulo. |
É uma excelente nadadora, tendo inclusive pés com pequenas membranas. Ela se reproduz na água e a usa como defesa, escondendo-se de seus predadores. Ela pode permanecer submersa por alguns minutos. A capivara também é conhecida por dormir submersa com apenas o focinho fora d'água.
No Pantanal, seus principais períodos de atividade são pela manhã e à tardinha, mas em áreas mais críticas podem tornar-se exclusivamente noturnas. Nas décadas de 60 e 70 as capivaras foram caçadas comercialmente no Pantanal, por sua pele e pelo seu óleo que era considerado como tendo propriedades medicinais. Estudos posteriores indicam que pode haver, no mínimo, cerca de 400 mil capivaras em todo o Pantanal.
A capivara, como animal pastador, utiliza a água como refúgio, e não como fonte de alimentos, o que a torna muito tolerante à vida em ambientes alterados pelo homem: tornou-se famoso o caso da "capivara da lagoa", que viveu durante meses no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas na área urbana do Rio de Janeiro, assim como é notória a presença de capivaras em partes dos rios Tietê e Pinheiros, em plena São Paulo , apesar do altíssimo índice de poluição destes rios.
Nas regiões ao longo do Rio Paraná no sul do Brasil e norte da Argentina, as capivaras são freqüentemente capturadas e aprisionadas para criações em cativeiro ou para serem abatidas como carne de caça.
Entretanto, no Brasil, esta prática tem de ser precedida de projeto e licenciada pelos órgãos de controle ambiental sob pena de configurar crime ambiental, já que a capivara é uma espécie protegida por lei.
Existem estudos para sua criação em cativeiro visando a produção de carne como substituto à caça predatória, mas ainda há poucos resultados práticos nesse sentido. Sua carne tem sabor próximo ao do porco e é mais magra porém com um sabor mais picante.
As capivaras vivem em grupos familiares que podem chegar a 20 indivíduos ou mais. Geralmente, o grupo é composto por um macho dominante, várias fêmeas adultas com filhotes e outros machos subordinados. Os machos têm uma grande glândula sebácea sobre a cabeça, que utilizam para demarcar sua dominância através do cheiro. São encontradas próximo da água, em florestas ao longo de rios e em lagoas. As capivaras alimentam-se de grama e também de vegetação aquática. Quando estão em perigo, as capivaras mergulham dentro d'água e nadam sob a superfície até escapar. São excelentes nadadoras e podem permanecer submergidas por vários minutos.
No Pantretal, seus principais períodos de atividade são pela manhã e à tardinha, mas em áreas mais perturbadas podem tornar-se exclusivamente noturnas. Nas décadas de 60 e 70 as capivaras foram caçadas comercialmente no Pantretal, por sua pele e pelo seu óleo que era considerado como tendo propriedades medicinais. Estudos da Embrapa Pantretal indicam que pode haver, no mínimo, cerca de 400 mil capivaras em todo o Pantretal.
A capivara é parente próxima dos ratos, preás e coelhos, mas é o maior roedor do mundo e basta ela abrir a boca para se perceber que o animal nasceu realmente para roer.
A capivara tem um jeitão de dentuça, com grandes incisivos fortes e amarelos com os quais rói seu alimento, espigas de milho e raízes, principalmente.
Como todo roedor, a fêmea tem muitos filhotes e por isso a capivara não está ameaçada, ao contrário, há tantas, que muitos fazendeiros pedem às autoridades ambientais para que sejam autorizados a matar as capivaras que invadem e estragam suas roças, mas a caça continua proibida. A resposta do Ibama é que os fazendeiros cerquem as plantações para a capivara não entrar e em alguns casos os agricultores já conseguiram que o seguro pagasse o estrago feito por elas.
Não é todo mundo que tem raiva da capivara, entretanto. Há alguns anos a criação em cativeiro desse animal foi bem estudada em universidades paulistas, e atualmente há várias criações comercias que estão tendo bastante sucesso. Nesse caso, os animais podem ter a carne e o couro comercializados.
A criação de capivaras em cativeiro, repovoamento, para carne e couro é realmente fácil. A maior exigência é a da água, usada em banhos constantes. Portanto, antes de começar a criação, é preciso construir os tanques. As capivaras gostam de água corrente. Em último caso, use outro tipo de água, mas troque-a com freqüência, pois é preciso que esteja sempre limpa. Para criar capivaras é preciso de uma autorização do IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal) e registro de criador para fins científicos e comerciais.
A carne de capivaras é saborosa, magra, de bom valor nutricional e de baixo custo de produção, quando comparada com outros animais. A carne tem textura semelhante a do porco e valor protéico similar ao da carne de coelho. Pode ser consumida cozida, assada, frita, defumada sob a forma de salsicha, lingüiça e charque. A carne da capivara é muito consumida na Venezuela, sendo apreciada principalmente seca ou em lingüiça.
O couro é usado para canos de botas e calçados, sendo comercializado clandestinamente na Amazônia e em Mato Grosso , apesar de ser proibido por lei. É permitido o comércio de peles de capivaras criadas em cativeiro, desde que acompanhado pelo IBDF.
O óleo da capivara é também aproveitado, sendo considerado um "santo remédio" pelos povos do interior. No Piauí por exemplo, é usado para cura da tuberculose. Em Alagoas, é ótimo em esfregão sobre o nervo ciático (as dores). Atualmente, é comercializado em boticas e lojas de ervas, sendo procurado para tratamento de pele e rejuvenescimento.
Capivara é um nome de origem tupi, que significa comedor de capim (caapii-uara). Portanto, como o próprio nome indica, a capivara é um herbívoro, por excelência, que se alimenta de capins em geral, embora aceitem raízes, milho, mandioca, cana-de-açúcar, bananas verdes e talos de bananeira, aguapé, samambaia, sal, peixes aquáticos etc. Elas utilizam melhor a forragem e os concentrados de coelhos e ovinos, pois possuem grande capacidade digestiva. O estômago digere 10% dos alimentos, o intestino delgado, 3%, o ceco, 74%, e o intestino grosso 13%.
A capivara é cerca de seis vezes mais eficiente que o bovino na capacidade reprodutora, nas condições naturais dos campos. A ocupação territorial, bem como sua delimitação, é necessária quando se planejam criadouros para exploração extensiva ou em regime de semicativeiro.
O processo de digestão nas capivaras é muito eficiente, destacando sua alta capacidade de digerir alimentos fibrosos.
O ganho de peso está ligado à grande eficiência de conversão de alimento. Nos dez anos de experiência na criação de capivaras em cativeiro, destacam-se alta capacidade reprodutiva (até dois partos ao ano). Conclui-se que o tamanho ideal para um grupo reprodutivo, em cativeiro, é de um macho para seis fêmeas, em 30m2. Em 1977, visando correlacionar dados básicos de aproveitamento do boi e da capivara, efetuou-se no pantretal mato-grossense um trabalho de coleta de informações em condições normais de desenvolvimento da espécie.
No mesmo ano, nos Lhanoa da Venezuela, desenvolveu-se uma pesquisa com cinqüenta animais em condições naturais, com a finalidade de avaliar seu rendimento em carne.
Para tanto utilizaram-se o peso da carne em cretal (peso total menos cabeça, vísceras e patas) e o peso da carne seca.
Hábitos e comportamento
Na natureza as capivaras vivem em grupos ou famílias, em áreas próximas a rios, brejos e lagos. Dentro dos grupos, existe uma hierarquia muito forte onde há um macho dominante, o mesmo acontecendo com as fêmeas. A capivara é um animal de hábitos semi-aquáticos. É na água que ela defeca e urina na maior parte das vezes. Sua dieta é composta de capins, ervas e plantas aquáticas. Tem hábito de pastejo baixo, onde corta os vegetais sem arrancá-los, causando menor dano aos pastos do que os bovinos.
Manejo alimentar
Devido a sua natureza herbívora, alimenta-se essencialmente de vegetais, sendo este divididos em "forragem verde" e suplementos. As capivaras apreciam uma ampla variedade de gramíneas e leguminosas, porém é sempre prudente manter uma capineira, no interior do cercado, para casos de escassez de alimento. Quando se servir forragem cortada, para manter o capim fresco, a mesma deve ser pendurada em maços amarrados com arame e presos ao teto do abrigo.
Principais doenças
Nos plantéis mantidos em cativeiro padecem de uma série de enfermidades, a maioria delas advindas do contato com outras espécies animais e/ou manejo inadequado.
A principal enfermidade seja em cativeiro ou em liberdade, é "durinha"ou "mal-dos-quartos", provocada por um protozoário e que acomete também os equinos.
O exame de sangue deve ser feito nos animais suspeitos, na tentativa de se visualizar o agente da "durinha". Alguns parasitos internos podem ser transmitidos entre as capivaras e demais espécies animais, especialmente felinos e suínos. As parasitoses internas-meio-ambiente (ou endoparasitoses) podem levar a uma série de manifestações clínicas, que variam desde a interrupção da alimentação até à morte súbida.
Doenças mais freqüentes
Pneumonia, Disenteria, Ferimentos e verminoses. O desmame dos filhotes deverá ocorrer após o segundo mês. Aproveita-se esta idade para a formação de novos grupos, quando é possível a troca de machos-irmãos por outros não parentes.
Aproveitamento da pele
A pele de capivara é bem cotada no mercado internacional, sobretudo por suas características. Ela é "elástica", resistente e suave, sendo perfeita para a fabricação de luvas, bolsas, mocasins etc. A pele de uma capivara tem peso médio de 5,30kg e espessura de 5,5mm.
O preço unitário da peça de couro, sem curtir, é de 4 a 5 dólares, subindo para 14 dólares a peça curtida (preços de exportação fornecidos pela Direção Nacional da Fauna silvestre da argentina, em 1984). São estes os maiores exportadores de pele de capivara do mundo: Argentina, Brasil, Colômbia e Peru. Hoje em dia, as exportações estão em baixa devido a problema de restrições impostas por vários países.
Instalações
A área mínima necessária para a criação de capivaras e de 30m2, obedecendo-se aproximadamente a forma de retângulo ou de um quadrado. No recinto deverá haver um abrigo coberto, para o cocho e a manjedoura. O recinto deverá ainda ter um tanque (2,00 x 1,50 x 0,50 m ), para banhos. A área coberta deverá ter aproximadamente 10m2. O restante do recinto poderá ser cercado com tela, com altura mínima de 1,50m. Em casos especiais, recomenda-se a chamada "baia maternidade".
Alimentação
Devido a sua natureza herbívora, alimenta-se essencialmente de vegetais, sendo este divididos em "forragem verde" e suplementos. As capivaras apreciam uma ampla variedade de gramíneas e leguminosas, porém é sempre prudente manter uma capineira, no interior do cercado, para casos de escassez de alimento, a comida deverá ser oferecida aos animais duas vezes ao dia, podendo variar entre abóbora, cana, capim, cenoura, milho, frutas, ração etc. Não esquecer de remover as sobras, cada vez que é colocado novo alimento.
Sanitário
Quarentenar os animais que chegam ao criadouro. Esta quarentena significa: manter os animais isolados, realizando-se exames parasitológicos e verificando se apresentam doenças transmissíveis. Quando se servir forragem cortada, para manter o capim fresco, a mesma deve ser pendurada em maços amarrados com arame e presos ao teto do abrigo.
A capivara é o maior roedor do mundo
Esta espécie pode ser encontrada um pouco por toda a América do Sul, com especial incidência no Sul do Brasil e Argentina, zonas onde começam mesmo a ser um problema, devido à falta de predadores.
As capivaras vivem em grupos familiares. Num grupo, existe um macho dominante, várias fêmeas adultas, e vários jovens. Estes grupos podem ter até 18 animais a viver em comunidade.
A carne da capivara e muito procurada para alimentação humana, já que, ao que parece, é muito saborosa.
Dado o seu tamanho, a capivara tem poucos, mas grandes, predadores.
As grandes anacondas apanham e estrangulam capivaras, quando fazem as suas incursões nos rios e pântanos. Um destes animais permite que as grandes cobras não necessitem de comer durante vários meses!
Os jacarés têm muitas dificuldades em caçá-las, porque necessitam de afogar as suas presas, e como os jacarés não são dos maiores crocodilianos, não têm a vida facilitada com as capivaras. Só os jacarés grandes e velhos é que conseguem, pontualmente, ser bem sucedidos.
Existem ainda as onças e os pumas, mas como estes já não abundam, as capivaras vão-se desenvolvendo e multiplicando, criando problemas aos fazendeiros, que vêm as suas plantações serem devastadas.
Em alguns locais, há tantos animais, que os fazendeiros sentem necessidade de ter caçadores com alguma regularidade para manter as populações minimamente controladas.
As capivaras adultas podem atingir os 100 kg .
A capivara, que é prima do coelho pasteja como um carneiro e tem como alimentação básica o capim. É o maior roedor atualmente vivo no Brasil.
A capivara é um animal rústico, tímido e dócil. Vive em bandos, que não se misturam e cada bando tem um macho dominante que se destaca, o qual chamamos de chefe, que direciona todos os demais.
O tamanho do bando é variável, podendo chegar a 120 animais. Uma fêmea dá cria pelo menos duas vezes ao ano, e em cada cria nascem de 01 a 08 filhotes, com período de gestação de aproximadamente 150 dias.
Os filhotes nascem com 1,5 Kg e atingem 20 Kg em seis meses.
A maturidade sexual é atingida entre os 10 – 12 meses. O peso adulto é de aproximadamente 30 à 60 Kg na natureza. (alguns com até 80 kg ) e o comprimento 1,0 – 1,35 m .
Os predadores naturais da capivaras são as onças, jacarés, sucuris, entre outros, estando a maioria praticamente extintos. O aumento populacional dessas espécies na natureza, indica que seus predadores naturais estão desaparecendo.
Atualmente, o maior predador das capivaras tem sido o homem, que criminalmente, tem abatido clandestinamente.
Oportunamente, garantindo a preservação e procurando evitar a caça ilegal e clandestina, o IBAMA normatiza através da Portaria nº 118-N, de 15 de outubro de 1997, os interessados em criar comercialmente determinadas espécimes da fauna silvestre brasileira como é o caso da capivara.
A criação comercial da capivara é uma forma de solucionar ou aliviar a caça predatória e criar uma alternativa de renda.
A capivara pertence à ordem dos Roedores e à família dos Hidroquerídeos.
Alimenta-se de cana-de-açúcar e de arroz, habitando as florestas brasileiras.
Algumas medem mais de 1 metro e pesam quase 70 kg , sendo o maior roedor existente, um ratão descomunal. Têm dentes muito fortes e são bichos bastante tímidos. As membranas nos dedos das patas indicam adaptação deste animal à vida semi-aquática.
O Assobio da Capivara
As capivaras, apesar de todo o seu charme e simpatia, dependem muito do seu assobio na busca de parceiros: chega a capivara (macho ou fêmea, não importa!) ao topo de um alto barranco.
Certamente é uma outra capivara (macho ou fêmea, pode ser muito importante, mas é impossível distinguir dessa distância); pode ser que nossa capivara esteja à procura de alguém disponível para acasalamento; pode ser que esteja buscando companhia para uma expedição até uma lagoa distante; pode ser ainda que apenas procure um semelhante, para compartilhar experiências de vida. Qualquer que seja o caso, a nossa capivara sabe que é necessário agir imediatamente - a outra se afasta célere e a qualquer instante pode mergulhar, para só retornar à tona muito longe e muito tempo depois.
É aí que as capivaras fazem uso de seu assobio.
Através dele podem determinar, à distância e sem maiores esforços, se vale a pena dedicarem um pouco de seu tempo uma à outra, ou se é melhor seguirem em frente, cada uma em sua própria busca.
Capivara |
Estado de conservação | ||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) | ||||||||||||||
Classificação científica | ||||||||||||||
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Nome binomial | ||||||||||||||
Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) | ||||||||||||||
Distribuição geográfica | ||||||||||||||
Mapa de distribuição da capivara |
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br e http://pt.wikipedia.org